terça-feira, 26 de novembro de 2013

Milagres obtidos pelo uso devoto da Medalha Milagrosa

Maria concede graças em abundância aos devotos da Medalha Milagrosa. Usemos com devoção este presente enviado do Céu por Maria Santíssima!


         Era a tarde de 27 de novembro de 1830. Na capela das Filhas da Caridade, uma humilde noviça, Catarina Labouré, fazia sua meditação habitual quando lhe apareceu, pela segunda vez, a Santíssima Virgem, em sua deslumbrante beleza. Sóror Catarina contemplava extasiada a Rainha dos Anjos, enquanto esta — com as duas mãos estendidas, como se vê nas imagens de Nossa Senhora das Graças — olhava para o céu e, às vezes, voltava seu virginal olhar para a terra.
            Subitamente, os dedos da Celestial Aparição encheram-se de anéis ornados com pedras preciosas. De muitas dessas pedras partiam raios de luz que se alargavam e difundiam seu esplendor em todas as direções. Outras, pelo contrário, permaneciam apagadas, não saindo delas luz alguma. E a Mãe de Deus explicou: “Estes raios simbolizam as graças que Eu derramo sobre todas as pessoas que Me pedem. As pedras que não emitem raios representam as graças que as almas não Me pedem.
            É este um maternal convite que Nossa Senhora nos faz. Ela coloca uma quantidade incontável de graças, favores, ajudas à nossa disposição, convidando-nos a rezar e pedi-las.
            Nos depoimentos a seguir transcritos, encontramos alguns exemplos de pessoas que pediram e receberam. São eloquentes testemunhos de quanto Nossa Senhora da Medalha Milagrosa — cuja festa a Igreja comemora no dia 27 deste mês — está sempre pronta a atender todos quantos a Ela recorrem, jovens ou idosos, ricos ou pobres, grandes ou pequenos.

 “Este menino teve realmente meningite?”


            Eu estava super feliz quando de repente meu filho adoeceu e horas depois foi constatado que ele estava com meningite. Eu e meu marido ficamos desesperados, mas sem perder a fé.

            Permanecemos no hospital do dia 14 a 25 de dezembro de 2005. Nos três primeiros dias, o menino estava mal e isolado em um quarto comigo, pois, pelo fato de a doença ser contagiosa, não podíamos ficar na enfermaria de pediatria.

            Eu estava com a fé mais viva do que nunca. Recebi da minha irmã um pacotinho de presente e, quando abri, era o livro de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, com a medalhinha. Na mesma hora coloquei a medalha no pescoço do meu filho. E no dia seguinte ele já estava correndo pelo quarto, brincando de bola de papel!

            No final do décimo dia, os médicos comentavam: “Será que não houve algum engano? Este menino teve realmente meningite?”

            Meu marido e eu acreditamos que foi um milagre... Hoje meu filho está como antes, como se nada tivesse acontecido. Para mim, ele nasceu de novo. Obrigada, Jesus, mil vezes obrigada!

(R. C. M. C., Porto Firme - MG)

 

Fez a novena e ganhou a casa

 
            Venho comunicar-lhes uma graça alcançada através da Medalha Milagrosa.
            Recebi dos Arautos do Evangelho um livrinho narrando a vida de Santa Catarina Labouré, contento uma novena e uma Medalha. Li o livro e comecei a fazer a novena no mesmo dia. Mas tive uma incredulidade, pois me parecia impossível de ser realizado o pedido que eu estava fazendo: conseguir uma casa, de qualquer forma, ou seja, ganhando ou comprando.
            Quando terminou a novena, eu continuava um pouco incrédula, achando que meu pedido não podia ser atendido.
            Um mês após o término da novena, recebi a visita inesperada de uma sobrinha, que veio acompanhada de sua mãe, minha cunhada. Desconfiada a respeito dos objetivos da visita, perguntei-lhes se estavam precisando de alguma coisa e elas me responderam que não. Depois minha cunhada, sem fazer rodeios, começou a falar sobre uma casa que minha sobrinha havia ganhado de seu pai, e que gostaria de doá-la para minha família.
            A partir deste momento, não tive mais incredulidade, porque tudo é possível aos olhos de Deus! Por isso escrevi esta carta, porque não poderia deixar de comunicar a graça alcançada.
(J.D. A. H., Terra Roxa - SP)


Chocou-se de frente com um ônibus


            Meu filho é caminhoneiro, leva caminhões daqui para o Chile. Quando recebi a Medalha Milagrosa enviada por essa Associação, dei para ele usar na carteira.
            Numa dessas viagens, houve um terrível acidente: o caminhão chocou-se de frente com um ônibus, ocorrendo três mortes. Um colega de meu filho, que estava com ele no caminhão, ficou gravemente ferido, enquanto meu filho teve apenas uns pequenos arranhões no joelho. Graças à Medalha Milagrosa! Depois disso, nossa fé em Nossa Senhora aumentou muito. (C. H. D. V., Uruguaiana - RS)
 
O carro caiu no despenhadeiro


            Tenho grande devoção a Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Todas as manhãs, rezo um terço e a novena. Gostaria de transmitir a vocês um fato que, para mim, não tem outra explicação a não ser um milagre.
            Viajávamos tranquilamente, minha irmã e eu, num carro seguro, sem muita velocidade e com pouca chuva. De repente, o carro derrapou, capotou e caiu num despenhadeiro de mais ou menos cem metros. Não sei como, pois era um despenhadeiro íngreme, ele desceu apenas cinco metros e parou. Como o carro ficou muito inclinado, eu cuidadosamente fui abrindo a porta do meu lado. Com o mesmo cuidado, procurei afastar-me, com medo de que ele continuasse a cair.
            Chegando à estrada, fui socorrida por dois homens que passavam em uma caminhonete. Eles desceram rapidamente para salvar minha irmã, que ainda estava dentro do carro. Saímos desse acidente sem um arranhão no corpo. Estou relatando tudo isso porque me considero uma pessoa abençoada. (N. A. M., Florianópolis - SC)

 

Ela “não tinha cura”... mas ficou curada


            Recebi a Medalha Milagrosa e começamos a fazer a novena, minha filha e eu. Nós estávamos desesperadas, porque minha neta estava doente do pulmão e não tínhamos condições de pagar um médico para tratar dela. Passei então a Medalha para ela.

            Depois de alguns dias, conseguimos um médico. Foram feitos alguns exames, e ele disse que não tinha cura. Quando voltamos para outros exames, a menina estava curada! O próprio médico disse que essa cura só pode ter sido um milagre.

            Chorei muito, com minha filha, de tanto agradecer a Nossa Senhora. (M. N. C. N., Coqueiro - PA)

A medalha milagrosa e a conversão de Afonso Ratisbonne


A medalha milagrosa e a conversão de Afonso Ratisbonne

 
 

A conversão de um jovem banqueiro comoveu a Europa do
século XIX. É fascinante a narração desse portentoso milagre.
 
            Afonso Ratisbonne, aparentado à celebre família Rothschild, tinha 27 anos quando a Santíssima Virgem lhe apareceu e o converteu instantaneamente, em 20 de janeiro de 1842.
            Homem culto, rico e de fino trato, bem-relacionado nas altas rodas sociais, estava noivo de uma jovem de sua família. Tinha pela frente um futuro muito promissor.
            De passagem por Roma, visitou como turista ruínas históricas, numerosos monumentos e igrejas.
            Na véspera da partida, deveria fazer a contragosto uma visita ao Barão Teodoro de Bussières, irmão de um velho conhecido seu. Para livrar-se do incômodo compromisso, resolveu traçar em seu cartão de visita algumas palavras de mera formalidade e entregar ao porteiro. Este, porém, não entendendo bem a pronúncia do estrangeiro, introduziu-o amavelmente no salão e anunciou sua chegada ao dono da casa.
 
Apóstolo ardoroso e hábil
 
            Recém-convertido do protestantismo, Teodoro de Bussières, católico praticante e apóstolo ardoroso, não quis deixar escapar a oportunidade de conquistar essa alma para Deus. Recebeu com muita cortesia o visitante e habilmente conduziu a conversa de modo a fazê-lo discorrer sobre seus passeios pela Cidade Eterna.
            A certa altura, disse Ratisbonne: “Visitando a Igreja de Aracoeli, no Capitólio, senti-me tomado de uma emoção profunda e inexplicável. O guia, percebendo minha perplexidade, perguntou o que estava acontecendo e se eu queria me retirar”.
            Ouvindo isto, os olhos de Bussières brilharam de contentamento. Seu interlocutor, notando essa reação, apressou-se em frisar que tal emoção nada tinha de cristã. E ante o contra-argumento de que bem poderia ser uma graça de Deus, chamando-o à conversão, o israelita, contrariado, pediu para não insistir no assunto porque ele jamais se tornaria católico. “Você perde seu tempo. Nasci na religião judaica e nela morrerei!” — afirmou.
            A conversa tendia para a discussão. Em certo momento, Bussières teve uma singular idéia, que muitos certamente classificariam de loucura.
             — Já que você é um espírito tão superior e tão seguro de si, prometa-me levar ao pescoço este presente que vou lhe dar.
            — Vejamos. De que se trata? — perguntou Afonso.
            — Simplesmente desta medalha— replicou o Barão, mostrando-lhe a conhecida Medalha Milagrosa.
            Ratisbonne reagiu com surpresa e indignação, mas Bussières acrescentou, com bem calculada
frieza:
            — Segundo sua maneira de pensar, isto deve ser perfeitamente indiferente para você; e, aceitando usá-la, você me causará um grande prazer.
            — Está bem... Vou usá-la. Isto me servirá como um capítulo pitoresco de minhas notas e impressões de viagem — anuiu Afonso, escarnecendo da fé de seu anfitrião.
            Este colocou-lhe então no pescoço a medalha e, ato contínuo, propôs-lhe algo ainda mais inopinado: que, ao menos uma vez ao dia, ele rezasse a oração “Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria”, composta por São Bernardo.
            Ratisbonne recusou de forma categórica, julgando a proposta uma demasiada impertinência de Bussières. Mas este, impelido por uma força interior, insistiu. Apresentando-lhe a prece, pediu-lhe que a aceitasse e tirasse uma cópia de próprio punho, de modo que, como lembrança da visita, cada um ficasse com o exemplar escrito pelo outro.
            Para ver-se livre da importuna insistência, Ratisbonne cedeu, dizendo com ironia: “Está bem, vou escrevê-la. Você ficará com minha cópia, eu ficarei com a sua”.
 
O poder da oração
 
            Quando ele se retirou, Teodoro e sua esposa entreolharam-se em silêncio. Preocupados pelas blasfêmias proferidas por Afonso ao longo da conversa, pediram perdão a Deus por ele. Nessa mesma
noite, Bussières procurou seu íntimo amigo, o Conde Augusto de La Ferronays — católico fervoroso
e embaixador da França em Roma — para relatar o ocorrido e pedir orações pela conversão de Ratisbonne.
            “Tenha confiança — disse La Ferronays — se ele reza o ‘Lembrai- Vos’, a partida está ganha”. Ele próprio rezou com empenho pela conversão do jovem israelita, e há indícios de que tenha oferecido a vida nessa intenção.
            Quanto a este, chegando ao hotel, fatigado, copiou maquinalmente a prece sem quase lhe prestar atenção. No dia seguinte, surpreendeu- se ao notar o quanto as palavras dessa oração se apoderaram de seu espírito. Escreveu em seu relato: “Não conseguia defender-me. Elas me retornavam sem cessar. Eu as repetia continuamente”.
            Bussières entretanto — movido pela força interior que o levava a insistir, certo de que cedo ou tarde Deus abriria os olhos de Afonso — foi visitá-lo no hotel. Não o encontrando, deixou-lhe um convite para voltar à sua casa pela manhã. Este foi. Mas preveniu logo ao chegar:
            — Espero que não me venha com aquelas conversas de ontem. Vim aqui apenas para despedir-me. Parto esta noite para Nápoles.
            — Partir hoje? Jamais! Na segunda-feira haverá solene pontifical na Basílica de São Pedro, e você precisa ver o Papa oficiando.
            — Que me importa o Papa? Vou-me embora — retrucou Afonso.
            Bussières contemporizou, insistiu, prometeu levá-lo a outros lugares pitorescos de Roma e acabou convencendo-o a adiar a partida.
            E ei-los visitando palácios, igrejas, obras de arte. Embora, do ponto de vista da conversão de Afonso, as conversas entre ambos se mostrassem infrutíferas, o incansável apóstolo tinha a convicção íntima de que um dia ele seria católico, ainda que fosse preciso descer um Anjo do Céu para esclarecê-lo.
            Nessa noite, faleceu inesperadamente o Conde de La Ferronays.
            Bussières combinou encontrar-se com Ratisbonne na manhã seguinte, em frente à Igreja de Santo André delle Fratte. Quando este chegou, comunicou-lhe o falecimento do Conde e pediu-lhe que esperasse alguns minutos dentro da igreja enquanto ele iria à sacristia tomar algumas providências para as exéquias.
            O jovem ficou de pé no templo, olhando maquinalmente em torno de si, sem prestar atenção em nada. Não podia passar para o outro lado, devido às cordas e arranjos florais que barravam o corredor.
            Bussières retornou pouco depois e, de início, não conseguiu localizar seu amigo. Observando melhor, descobriu-o ajoelhado diante do altar de São Miguel, do lado oposto e bem distante do lugar onde o deixara. Aproximou-se e o tocou várias vezes, sem este se dar conta de sua presença. Finalmente, o jovem voltou-se para ele, com a face banhada em lágrimas, de mãos juntas, e lhe disse: “Oh! quanto esse senhor (La Ferronays) rezou por mim!”
 
“Eu a vi! Eu a vi!”
 
            Estupefato, Bussières sentia a emoção de quem presencia um milagre. Ergueu solicitamente Ratisbonne, perguntando-lhe o que ele tinha e aonde queria ir. “Leve-me para onde quiser; depois do que vi, eu obedeço” — exclamou este.
            Solicitado a explicar-se mais, ele não conseguia, mas tirou do pescoço a Medalha Milagrosa e osculou-a várias vezes. Apenas pôde dizer: “Ah, como sou feliz! Como Deus é bom! Que plenitude de graças e de bondade!” Com um olhar radiante de felicidade, abraçou seu amigo e pediu-lhe para trazer o quanto antes um confessor; perguntou quando poderia receber o Batismo, sem o qual, afirmava, não conseguiria mais viver. Acrescentou que nada mais diria sem autorização de um sacerdote. “O que tenho a dizer, só posso fazê-lo de joelhos”, declarou.
            Bussières levou-o logo à igreja dos jesuítas, onde o Pe. Villefort o induziu a explicar o ocorrido. Afonso tirou do pescoço a Medalha Milagrosa, osculou-a e mostrou- a ao sacerdote, dizendo emocionado: “Eu a vi! Eu a vi!”
            Em seguida, mais tranqüilo, relatou:
             “Eu estava havia pouco tempo na igreja quando, de repente, senti-me dominado por uma emoção inexplicável. Levantei os olhos. Todo o edifício desaparecera de minha vista. Apenas uma capela lateral tinha, por assim dizer, concentrado toda a luz. E no meio desse esplendor apareceu de pé sobre o altar, grandiosa, brilhante, cheia de majestade e doçura, a Virgem Maria, tal como está nesta medalha. Uma força irresistível empurrou-me para Ela. A Virgem fez-me sinal com a mão para que me ajoelhasse, e pareceu dizer-me: ‘Está bem!’ Ela não me falou, mas compreendi tudo.”
            O padre pediu-lhe mais detalhes. O feliz convertido acrescentou que pôde ver a Rainha dos Céus em todo o esplendor de sua beleza sem mácula, mas não conseguiu contemplar diretamente sua face. Por três vezes, tentou erguer a vista, mas só chegou a pousar os olhos sobre suas mãos virginais. Delas espargiam raios de luz em sua direção.
            Era o dia 20 de janeiro de 1842. Batizado com o nome de Afonso Maria, o jovem Ratisbonne renunciou à família, à fortuna, à situação brilhante na sociedade, e ordenou-se sacerdote. Faleceu em odor de santidade, após uma vida de intenso apostolado em Jerusalém.
            Quem visita a Igreja de Santo André delle Fratte, pode observar um grande e belo quadro de Nossa Senhora no local exato onde Ela apareceu e operou tão estupenda conversão. Os italianos dão-lhe o nome de Madonna Del Miracolo.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

As "pílulas" de Santo Antônio de Sant'Anna Galvão


 

As irmãs do setor feminino dos Arautos do Evangelho de Nova Friburgo estiveram nesta quinta-feira -dia 14 de novembro- em Guaratinguetá, SP, visitando a Igreja de Santo Antônio. Foi nesse templo que Santo Antônio de Santana Galvão recebeu o sacramento do Batismo, fez sua primeira comunhão e celebrou sua primeira Missa.

As irmãs tiveram a imensa graça de conhecer o local onde são confeccionadas e distribuídas a todo o Brasil as “pílulas de Frei Galvão”, onde inclusive puderam aprender a fazer o santo remédio e, por uns instantes, ali prestaram seu trabalho voluntário.
               Diariamente muitos piedosos devotos desse santo brasileiro ali oferecem seu tempo e passam horas a fio fazendo com as próprias mãos as pílulas que, pela fé e intercessão do santo Frei Galvão, operam tantas curas de males corporais e espirituais.













As "pílulas" de Frei Galvão

Esse costume tão característico de nosso Santo - ininterruptamente seguido por milhares de fiéis desde quando ele era vivo até os dias de hoje - comprova, pelas graças e feitos portentosos que opera, não ser uma mera crença popular.

Diz a história que certo dia apresentaram a Frei Galvão um moço com muitas dores, sem poder expelir uns cálculos renais. O santo religioso movido de compaixão, depois de rezar teve uma súbita inspiração. Escreveu em três papelinhos a seguinte frase do ofício da Santíssima Virgem Maria: "Post partum Virgo inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis", ou seja: "Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta; Mãe de Deus, intercedei por nós".

Enrolou os papeizinhos em forma de pílula e deu ao jovem para que os tomasse como remédio. Logo depois o moço expeliu um grande cálculo e ficou curado. Mais tarde um homem aflito procurou Frei Galvão, dizendo que sua esposa, que ia dar à luz, estava muito mal. Novamente ele se lembrou do versículo do ofício de Nossa Senhora escreveu, enrolou e mandou as pílulas para a mulher. Depois de tomá-las, ela deu à luz sem nenhum problema.

Estes e outros fatos se propagaram rapidamente e os pedidos dos célebres papelinhos, ou pílulas, ficaram muito frequentes.

Frei Galvão ensinou às irmãs do Recolhimento a fazerem pílulas, de modo que, mesmo em sua ausência, as pudessem dar às pessoas que viessem pedir na portaria do Convento.

No início as pílulas eram procuradas, sobretudo, pelas parturientes. Com o tempo, porém, começaram a ser usadas por quem sofria de enfermidades diversas, de modo especial problemas renais, cálculos ou pedras nos rins. E até para a conversão de pecadores. Hoje em dia são solicitadas por homens, mulheres e jovens que nas doenças - principalmente câncer - ou em dificuldades de toda espécie, invocam a intercessão do servo de Deus e as tomam com fé.


Um pouco da história de Santo Antônio de Sant'Anna Galvão

Santo Antônio Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, no interior do estado de São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio social e influência política.

Desde pequeno foi iniciado ainda pela mãe a ajudar os pobres de Guaratinguetá, pois dona Izabel, ao morrer, havia deixado todas as suas vestes para os pobres. O pai, Antônio, sempre foi solícito pelos mais necessitados. Portanto, aprendera em família a amar os prediletos de Deus.

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, o mandou, com a idade de 13 anos, para Belém (Bahia) a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. Ficou no colégio de 1752 a 1756, com notáveis progressos no estudo e na prática da vida cristã. Com o clima antijesuítico provocado pela atuação do marquês de Pombal, Antônio entrou para os Frades Menores Descalços da Reforma de São Pedro e Alcântara, em Taubaté, SP.

Aos 21 anos, no dia 15 de abril de 1760, Antônio ingressou no noviciado no convento de São Boaventura, na vila de Macacu, no Rio de Janeiro. As 16 de abril de 1761 fez a profissão solene e o juramento, segundo o uso dos franciscanos, de se empenhar na defesa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, doutrina aceita e defendida pela ordem franciscana.

Um ano depois da profissão religiosa, Frei Antônio foi admitido a ordenação sacerdotal, aos 11 de julho de 1762, no Rio de Janeiro. Depois de ordenado, foi mandado para o convento de São Francisco, em São Paulo, com o fim de aperfeiçoar os estudos de filosofia e teologia como também exercitar-se no apostolado. Sua maturidade espiritual franciscano-Mariana teve sua expressão máxima na "entrega a Maria" como seu "filho e escravo perpétuo", entrega assinada com o próprio sangue aos 9 de novembro de 1766.Terminados os estudos em 1768, foi nomeado pregador, confessor dos leigos e porteiro do convento. Foi confessor estimado e procurado, e, muitas vezes, quando era chamado ia a pé, mesmo aos lugares distantes.

Durante sua última doença, Frei Antônio passou a morar num "quartinho" (espécie de corredor) atrás do tabernáculo, no fundo da igreja, do Mosteiro da Luz. Terminou sua vida terrena aos 23 de dezembro de 1822, pelas 10 horas da manhã, confortado pelos sacramentos e assistido pelo seu padre guardião, dois confrades e dois sacerdotes diocesanos. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento que ele mesmo construíra.
 
A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento". "Foi frade de muita caridade, foi frade de muita vida espiritual, antes de tudo", escreveu Frei Henrique Golland Trindade, mais tarde bispo de Botucatu, SP Além desse testemunho, ternos o depoimento das religiosas mais antigas do recolhimento da Luz, que afirmam: "Amava os pobres e muitas vezes pagava as suas dividas. Mesmo de noite ia visitar os doentes e procurava animar e consolar os aflitos"

Projeto Futuro e Vida na Pedra do Cão Sentado


       
 
      Aprendemos no Catecismo que a parte inanimada da Obra da Criação tem por finalidade dar glória a Deus simplesmente por sua existência, beleza e esplendor. Fundados nesta afirmação, podemos imaginar quantas e quantas maravilhas foram criadas por Deus e quase exclusivamente para Deus, pois ainda não foram descobertas e apreciadas pelos homens.

 
              Se compararmos estas belezas naturais ainda ocultas para os homens e as que já nos são conhecidas, certamente estas últimas realizam mais a sua finalidade de glorificar o Divino Artífice, pois quando são contempladas pelos homens, estes com mais facilidade se voltam para o Todo-Poderoso com olhar de admiração.

 
             Com o desejo de tornar mais conhecidas aos homens algumas destas maravilhas, os Arautos do Evangelho promoveram uma excursão à pedra do Cão Sentado situada em Nova Friburgo, com as participantes do Projeto Futuro e Vida.

 

              Assim como, na vida, é preciso lutar para conquistar o que se deseja, após árdua, animada e longa subida, chegaram ao tão almejado mirante e passaram lá momentos de intensa alegria e união.

            Tendo tomado um delicioso lanche, brincado e agradecido a Deus uma tão bela vista, desceram a trilha com a certeza de terem passado uma manhã plena de alegria.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Dia de formação para os catequistas da Diocese- Nova Friburgo

 
Nas Sagradas Escrituras encontramos diversas passagens em que o Redentor menciona seu carinho pelas crianças e orienta a imitarmos sua inocência. 
Belíssima missão têm aqueles que formam os pequeninos  na fé e orientam-nos para que num futuro sejam modelos de cristãos em nossa sociedade! Quão grande papel têm nessa função os Catequistas! Na Catequese semeia-se, rega-se, cultiva-se e colhe-se no coração da criança o alimento deixado por Nosso Senhor Jesus Cristo à nossa fé.


Com o intuito de uma melhor formação da equipe de Catequese da diocese, realizou-se neste segundo domingo de novembro um Encontro de Avaliação para Catequistas do Vicariato Sede, na Paróquia da Imaculada Conceição, em Nova Friburgo.


Iniciando as atividades com a Santa Missa, seguiu-se um ameno convívio no salão da Paróquia. As palestras foram conduzidas pelas Irmãs de Belém (Patrícia e Gabriela) e versaram sobre a “Iniciação à Vida Cristã para Crianças”. Na ocasião foi lido o Discurso pronunciado pelo Para Francisco aos Catequistas, de setembro deste ano.

 
Que este dia de formação traga abundantes frutos para o próximo ano, e que o trabalho realizado junto às crianças, jovens e adultos pelos catequistas seja coalhado de graças do Divino Espírito Santo e da Santíssima Virgem.

 
 

 
 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A Comunhão Espiritual


 
Quantas vezes o desejo de receber a Eucaristia invade nosso coração em momentos que não nos é possível fazê-lo! Esse anseio era comum na vida de muitos santos e pode ser atendido de forma simples e eficaz: através da Comunhão Espiritual! Leia o texto abaixo e veja quanta riqueza a Igreja nos oferece. 
 
I ‑ SEGUNDO PE. ANTÔNIO ROYO MARIN
 
l ‑ Noção.
Com o nome de Comunhão Espiritual entende‑se o piedoso desejo de receber a Eucaristia quando não se pode recebê‑la sacramentalmente.
“De duas maneiras ‑ adverte São Tomás ‑ pode‑se receber espiritualmente a Cristo. Uma em seu estado natural, e desta maneira a recebem espiritualmente os Anjos, enquanto unidos a Ele pela fruição da caridade perfeita e da clara visão, e não com a fé, como nós estamos unidos aqui (na Terra) a Ele. Este pão esperamos receber, também nós, na glória.
“Outra maneira de recebê‑Lo espiritualmente é enquanto contido sob as espécies sacramentais, crendo n'Ele e desejando recebê‑Lo sacramentalmente. E isto não só é comer espiritualmente a Cristo, mas também receber espiritualmente o sacramento.” (III, 80, 2).
Das palavras finais do Doutor Angélico, deduz‑se que a Comunhão Espiritual nos traz, de certo modo, o fruto espiritual da própria Eucaristia recebida sacramentalmente, ainda que não seja ex opere operato, mas unicamente ex opere operantis.
 
2 ‑ Excelência.
Pela noção que acabamos de dar, já se pode vislumbrar a grande excelência da Comunhão Espiritual. Foi recomendada vivamente pelo Concílio de Trento (D 881) e tem sido praticada por todos os santos com grande proveito espiritual.
Sem dúvida, constitui uma fonte ubérrima de graças para quem a pratique fervorosa e freqüentemente. Mais ainda: pode ocorrer que com uma Comunhão Espiritual muito fervorosa receba‑se maior quantidade de graças do que com uma Comunhão Sacramental recebida com pouca devoção. Com a vantagem de que a Comunhão Sacramental não pode receber‑se mais do que uma só vez por dia, e a Espiritual pode repetir‑se muitas vezes.
 
3 ‑ Modo de fazê‑la.
Não se prescreve nenhuma fórmula determinada nem é preciso recitar nenhuma oração vocal. Basta um ato interior pelo qual se deseje receber a Eucaristia. É conveniente, sem embargo, que abarque três atos distintos, ainda que seja brevissimamente:
a) Um ato de Fé, pelo qual renovamos nossa firme convicção da presença real de Cristo na Eucaristia. É excelente preparação para comungar espiritual ou sacramentalmente.
b) Um ato de desejo de receber sacramentalmente a Cristo e de unir‑se intimamente com Ele. Neste desejo consiste formalmente a Comunhão Espiritual.
c) Uma petição fervorosa, pedindo ao Senhor que nos conceda espiritualmente os mesmos frutos e graças que nos outorgaria a Eucaristia realmente recebida.
 
4 ‑ Advertências.


1) A Comunhão Espiritual ‑ como já dissemos ‑ pode repetir‑se muitas vezes por dia. Pode fazer‑se na igreja ou fora dela, a qualquer hora do dia ou da noite, antes ou depois das refeições.
2) Todos os que não comungam sacramentalmente deveriam fazê‑lo ao menos espiritualmente ao ouvir a santa Missa. O momento mais oportuno é, naturalmente, aquele em que comunga o sacerdote.
3) Os que estão em pecado mortal devem fazer um ato prévio de contrição se querem receber o fruto da Comunhão Espiritual. Do contrário, para nada lhes aproveitaria, e seria até uma irreverência, se bem que não um sacrilégio.
 
(Pe. Antonio Royo Marin OP, Teología Moral para Seglares ‑ Los Sacramentos, BAC, Madrid, 1984, pp. 245 a 247. Com licencia del Arzobispado de Madrid‑Alcalá, 3/2/1984.)

 


 
II ‑ SEGUNDO SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO

 
 
Como, em cada uma das visitas ao Santíssimo Sacramento que vêm a seguir, recomendamos a Comunhão Espiritual, é bom explicar no que consiste e quais são suas vantagens. A Comunhão Espiritual consiste, segundo São Tomás (P. 3, q. 80, a. 1), num desejo ardente de receber a Jesus Cristo sacramentalmente, e numa adesão amorosa como se já O tivéssemos recebido.
Santo Afonso Maria de Ligório
Que este exercício seja agradável a Deus, e que venham dele grandes graças, o mesmo Senhor deu a entender a sua serva fiel, a irmã Paula Maresca, fundadora do mosteiro de Santa Catarina de Siena, em Nápoles. Ele a fez ver, segundo é relatado na vida dela, dois vasos preciosos, um de ouro e outro de prata, dizendo‑lhe que Ele guardava no vaso de ouro suas Comunhões Sacramentais e no vaso de prata suas Comunhões Espirituais. Também disse o Senhor à Bem‑aventurada Joana da Cruz, que cada vez que ela comungava espiritualmente, recebia uma graça semelhante à de uma Comunhão real. Quanto ao resto, basta saber que o Concílio de Trento (sess. 13, cap. 8) louva a Comunhão Espiritual, e exorta aos fiéis a praticá‑la.
Assim, todas as almas piedosas têm o costume de repetir freqüentemente este santo exercício da Comunhão Espiritual: a Bem‑aventurada Augusta da Cruz fazia duzentas por dia. O padre Pedro Lefebvre, primeiro companheiro de Santo Inácio, dizia que a Comunhão Espiritual ajuda muito a bem fazer a Comunhão Sacramental.
Exortamos a quem quiser avançar no amor de Jesus Cristo, a fazer a Comunhão Espiritual ao menos uma vez em cada visita ao Santíssimo Sacramento e em cada Missa a que ele assiste; melhor seria repeti‑la três vezes em cada uma dessas ocasiões, no começo, no meio, e no fim. É uma devoção muito mais proveitosa do que alguns imaginam; e de outro lado, é tão fácil: a mesma Bem‑aventurada Joana da Cruz dizia que é possível comungar espiritualmente sem que ninguém perceba, sem que seja preciso estar em jejum (...) e pode ser feita a qualquer hora: basta um ato de amor.
(Santo Afonso Maria de Ligório, “Visites au Saint Sacrament et à la Sainte Vierge”, in Oeuvres Complètes, t. VI, Tournai, 1882, pp. 113‑114, Imprimatur : A. P. V. Descamps, Vic. Gen. Tornaci, 15/8/1860.)

                                                                   * * *


ORAÇÃO:

 

 

Comunhão Espiritual
                   Ó meu Jesus, creio firmemente que estais presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade no Santíssimo Sacramento do Altar. Creio porque Vós o dissestes, e espero de Vossa infinita Bondade todos os bens e graças que generosamente dais aos que vos recebem com viva fé e inteira confiança.
                   Adoro-Vos, Senhor, na Sagrada Hóstia. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva. Uma vez que atendeste a meu pedido e viestes a mim, tomai inteira conta e posse de mim. Eu vos abraço Senhor, e vos imploro: nunca mais me abandoneis e não permitais que eu vos abandone! Se necessário for, tirai-me a vida, mas pecar para vos ofender, eu não quero jamais! Eu ofereço esta comunhão na intenção de...
 

 
Adendo:

Santo Cura d'Ars: “A Comunhão Espiritual faz à alma, como um sopro sobre o fogo coberto de cinzas e prestes a extinguir-se". "Quando sentirmos enfraquecer o amor de Deus no nosso coração, corramos à Comunhão Espiritual”.

           

Santa Teresa: “Se nos unirmos pelo desejo à Eucaristia que é o foco do amor, é suficiente alguns instantes para possuirmos um calor divino, que pode durar várias horas.”(citações extraídas do livro “A Vida Interior”, do Pe. Léon Dehon S.C.J, Editora S.C.J., Taubaté‑SP, com Imprimatur do Sr. Bispo Diocesano de Taubaté, em 16 de abril de 1946).